Naquela casinha branca, na janela avistava aquela senhora, que acenava sempre para mim quando passava na rua ao ir para escola — as vezes me chamava, me dizia que parecia tanto um netinho seu, muito educado a tratava com carinho, para dizer a verdade, ela lembrava demais a minha saudosa vozinha. Hoje sou rapaz e ao passar naquele lugar novamente pude ver que tudo estava diferente — as janelas e portas fechadas diziam que a tempos estava abandonada, que sua dona está morando com Deus agora. Parece que vão derrubá-la e construir outra maior, fica as lembranças boas de quando criança que não podem ser apagadas, uma saudade gostosa que vou levar comigo enquanto viver — uma pena essa tal modernidade precisar consumir o velho para que o novo possa nascer, é triste isso, mas é assim que tem que ser!!
_______Eumacle Amaral
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