sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

 


Adeus casinha onde passei quase toda minha infância, um barracão para guardar máquinas e equipamentos tomou o seu lugar — adeus varandinha de onde conversava com a lua e as estrelas, da admiração que tinha pelos vagalumes a piscar na escuridão. Nunca mais vou pisar naquele chão, não quero ter nenhum pensamento que me leve a ele — se eu tivesse dinheiro compraria tudo ali e isso não teria acontecido, mas agora pertence um ser sem piedade e sem coração. O passado não volta e o presente muda tudo, chamam isso de modernidade, mas isso sempre me traz grande revolta — este cantinho lindo do sertão permanecerá intacto nas minhas lembranças, marcas registradas do meu tempo de criança!!

_______Eumacle Amaral 




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